Há mais um grupo de skinheads e neonazis na mira da justiça: o Ministério Público acusa um grupo de 27 arguidos de vários crimes não só ligados à ideologia racista mas também a crimes comuns como tráfico de armas e tentativa de homicídio. Segundo uma nota acabada de publicar no site da PGDL, "o Ministério Público requereu o julgamento, perante tribunal coletivo, de 27 arguidos pela prática de crimes de discriminação racial, religiosa ou sexual, ofensa à integridade física qualificada, incitamento à violência, homicídio qualificado tentado, dano com violência, detenção de arma proibida, roubo, tráfico de estupefacientes e tráfico de armas".
Segundo a mesma nota, "os arguidos agiram com o propósito de pertencer a um grupo que exaltava a superioridade da raça branca" e desenvolveram "ações violentas contra as minorias raciais, assim como contra todos aqueles que tivessem orientações sexuais e políticas diferentes das suas".
Este grupo estará ligado aos hammerskins, a fação mais violenta dos skinheads, e terá feito 18 vítimas em espancamentos seletivos que visavam gays, comunistas, negros e muçulmanos. Num dos episódios mais violentos, um sindicalista foi espancado à saída de um comício no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, em setembro de 2015, e ficou com sequelas neurológicas defintivas.
O caso estava a ser investigado há cerca de quatro anos e todos os arguidos, apesar de terem sido detidos pela PJ, foram libertados pelo juiz de instrução criminal.