Tem filhos no 11º e 12º anos? Então veja este artigo (e mostre-lhes)

Guião para o regresso às aulas nesta fase em que o país se encontra em estado de calamidade
Guião para o regresso às aulas nesta fase em que o país se encontra em estado de calamidade
Jornalista
Que alunos vão ter aulas presenciais?
Todos os estudantes do 11º e 12º anos dos cursos gerais e os dos anos equivalentes (2º e 3º) dos cursos profissionais e outras vias de ensino secundário regressam às escolas a 18 de maio. Serão cerca de 200 mil.
É obrigatório ir?
Não. Os pais podem decidir que os filhos não vão, não é preciso qualquer atestado médico e as faltas serão consideradas justificadas. Mas a partir do momento em que a escola garante aulas presenciais, deixa de ser obrigada a facultar o ensino à distância nessas disciplinas.
Que disciplinas irão ter os alunos?
Só haverá aulas às 22 disciplinas sujeitas a exame. Mas a frequência acontece apenas no ano de realização do exame. Ou seja, no caso das disciplinas trienais, como Português, só no 12º e nas bienais no 11º. Por isso, os alunos do 11º vão ter aulas a 4 disciplinas e os do 12º apenas a duas.
Significa que farão todos os exames?
Não. Excecionalmente, os exames nacionais este ano letivo só serão feitos pelos candidatos ao ensino superior e apenas os que forem exigidos pelos cursos desejados pelos alunos.
irá haver um limite de alunos por sala?
O ministério só determinou que tem de ser cumprida a distância de segurança — 1,5 a 2 metros. Ou seja, haverá apenas um aluno por carteira e, se necessário, a turma é desdobrada em dois grupos, recorrendo, se for preciso, a um segundo professor para a disciplina. Se não houver, a carga horária é reduzida para metade e o resto do tempo é ocupado com trabalho autónomo dos alunos.
Que outras mudanças vai haver?
Além dos cuidados de limpeza e desinfeção dos espaços, os intervalos entre aulas devem ser curtos e os alunos devem permanecer, em regra, na sala de aula. Bar, buffet e salas de convívio estarão fechadas.
Os professores terão todos de voltar?
Não. Quem pertencer aos grupos de risco identificados pela Direção-Geral da Saúde — por exemplo, doentes cardiovasculares ou portadores de doença respiratória crónica ou pessoas com o sistema imunitário comprometido — não tem de ir à escola, cabendo às direções arranjar uma solução. Entre as alternativas, prevê-se a distribuição do serviço por outros professores, a manutenção do ensino à distância nessa disciplina, com algum apoio presencial na escola por parte de outro docente, ou o recurso a mecanismos de substituição.
A decisão do Governo é consensual?
Não. Há professores que têm argumentado que o risco acrescido de reabrir não traz qualquer retorno económico e que a manutenção dos exames só vai agravar as desigualdades.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ILeiria@expresso.impresa.pt