Mais de 50 mil docentes vão reformar-se nos próximos dez anos e são cada vez menos os jovens a querer dedicar a vida ao ensino. Já há escolas onde a média de idades dos professores está próxima dos 60 anos. Ainda não é conhecido um plano para suprimir as saídas
Entre os 363 professores do Agrupamento de Escolas Morgado Mateus, em Vila Real, apenas dois têm menos de 40 anos. “Não sei o que é ter professores mais jovens na escola. Há já muito tempo que não tenho nenhum”, desabafa a diretora Carla Teixeira. E é entre os educadores de infância e professores do 1º ciclo que o envelhecimento é mais acentuado. “Alguns já são avós e têm a seu cargo turmas de 25 crianças. Ainda que muitos estejam totalmente aptos, obviamente o cansaço é maior e os problemas de saúde surgem com mais frequência, levando a um maior absentismo.”
Atualmente, e segundo um levantamento feito no final do ano passado pela Fenprof, já há escolas sem profissionais abaixo dos 40 anos e com um terço acima dos 60. Nos casos mais extremos, como em Vila Real, a média de idades chega aos 57. E mais cedo do que tarde muitos destes professores vão reformar-se.
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