O alarme gerado com a propagação do novo coronavírus está a provocar um efeito secundário, que as organizações de saúde estão a levar muito a sério e se dizem determinadas a combater: a proliferação de notícias e informações falsas.
Muitas delas difundidas na internet ou através das redes sociais, a recomendação genérica é para que não seja dado crédito a fontes não oficiais.
Num esforço para travar a circulação de informações incorretas ou partilhas que não passam de rumores, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou estar a trabalhar com a Google.
O objetivo é “garantir que as pessoas que procuram informação sobre o coronavírus vejam as informações da OMS nos seus resultados de pesquisa”, explicou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Segundo Ghebreyesus, também as plataformas e redes sociais como Twitter, Facebook e Tiktok estão a tomar medidas para combater a desinformação.
Entre as informações falsas postas a circular, algumas das mais preocupantes dizem respeito a tratamentos ou fármacos sugeridos, ainda que supostos factos sobre a própria doença estejam também a ser repetidos, sem qualquer fundamento.
Num artigo onde elenca alguns factos realmente comprovados, o “La Repubblica” deixa recomendações importantes.
O jornal lembra que a OMS tem destacado não existiremos evidências de que animais de estimação possam ser infetados com o 2019-nCoV. O que não significa que não seja recomendado lavar bem as mãos após o contato com esses animais, forma eficaz de proteção “contra bactérias como E. coli e Salmonella”.
Sobre os grupos de risco, há a recordar que podem ser infetadas pessoas de todas as idades, o que significa que as medidas de prevenção devem ser tomadas por toda a gente. “As pessoas mais velhas ou com condições médicas pré-existentes, como asma, diabetes e doenças cardíacas, parecem ser mais vulneráveis a ficar gravemente doentes”, adianta no entanto a OMS.
Qualquer vacina recomendada para prevenir esta nova estirpe de coronavírus ou remédios específicos indicados para o tratar são conselhos para ignorar. “Alguns tratamentos específicos estão a ser estudados”, sublinha a OMS, mas na prática as pessoas infetadas devem receber tratamento adequado para aliviar e tratar os sintomas.
Convém recordar que os antibióticos não são eficazes na prevenção e tratamento do coronavírus, pois funcionam apenas contra bactérias.
Por fim, o “La Repubblica” garante que é seguro receber uma carta ou uma encomenda da China. Os especialistas já afirmaram que os coronavírus não sobrevivem por muito tempo em objetos.
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