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Sociedade

Há escolas onde se criam leitores

Na Escola Carlos Gargaté, na Charneca da Caparica, todos os alunos das turmas do 5º ao 9º ano começam o dia de aulas com 10 minutos de leitura de um livro à sua escolha
Na Escola Carlos Gargaté, na Charneca da Caparica, todos os alunos das turmas do 5º ao 9º ano começam o dia de aulas com 10 minutos de leitura de um livro à sua escolha

Em vários agrupamentos ‘rouba-se’ diariamente 10 minutos às disciplinas para que os alunos leiam um livro à sua escolha. Número de jovens a ler só por obrigação aumentou, de acordo com o último PISA

Não é preciso soar o toque de entrada para que o ambiente ruidoso de centenas de crianças e jovens que se atropelam nos corredores da escola Carlos Gargaté, na Charneca da Caparica, dê lugar a um invulgar silêncio dentro da sala. Há muito que as campainhas deixaram de assinalar o início e o fim de aula e é um relógio na parede que indica se é tempo de entrar. E a partir do momento em que entram todos sabem o que têm de fazer: sentar, abrir a mochila e tirar o livro. Não o que tem a matéria que vão dar a seguir, mas o que cada um escolheu para ler naquele tempo. Não interessa qual. Pode ser um livro de aventuras, um romance, uma banda desenhada. O que importa é que leiam.

Entre os jovens, o gesto é cada vez menos feito por gosto, de acordo com o último PISA, a maior avaliação internacional em educação. Entre o teste realizado em 2009 e o mais recente, em 2018, a percentagem de alunos de 15 anos que disseram só ler se forem obrigados aumentou em Portugal de 22% para 31%. Se os números forem desagregados por género, esse valor médio dispara para os 41% entre os rapazes, sendo de 20% entre as raparigas.

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