Uma folha de papel, banal, completamente em branco. Enviada por correio à Senhora de Fátima ou entregue no Santuário? Não se sabe, perdeu-se já o rasto. O que quereria escrever, nesse gesto, quem a entregou ou enviou? Outra folha, escrita corrida, mensagem curta: “(...) sabes quem sou. Não é preciso descrever a minha pessoa...” Cada uma transportando o seu mistério, essas folhas enigmáticas estão hoje recolhidas, a par de mais quase oito milhões de mensagens do mesmo género, no “Correio de Nossa Senhora”.
Nele, como se verá, encontraremos muitos mistérios e declarações, pedidos de saúde ou de emprego para o próprio ou para outras pessoas, confissões de amores proibidos ou de desilusões amorosas, angústias existenciais, orações pela paz no mundo ou pela “conversão dos pecadores” ou da Rússia, pelo fim da Guerra Colonial na sua dimensão política (a derrota dos “terroristas” ou do “comunismo”) ou mais pessoal (um filho, um namorado, um neto mobilizados)... Mas também aparece uma “filha exilada” a falar das “dificuldades” e da “distância” que a impedem de “abrir o coração” aos pés da Senhora de Fátima.
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