
Número de portugueses a voltar em 2018 foi o mais alto desde 2010. Mas não é o apoio financeiro que os atrai
Número de portugueses a voltar em 2018 foi o mais alto desde 2010. Mas não é o apoio financeiro que os atrai
Jornalista
Rui tinha um bom emprego em Portugal quando, em 2013, decidiu aceitar uma proposta de trabalho ainda melhor na Holanda. Um ano depois saltou para outra oferta em França, o país onde viveu até regressar a Portugal, em dezembro do ano passado. Não foi a crise que o fez emigrar, nem foram os apoios fiscais e financeiros atribuídos pelo Governo para incentivar o regresso dos emigrantes que o levaram a voltar. Aos 39 anos, Rui Rota queria juntar-se à mulher e aos dois filhos, um deles recém-nascido, que já tinham vindo para Lisboa para ter maior acompanhamento da família. Por isso, assim que soube que a empresa onde trabalha tinha criado um novo posto em Portugal, candidatou-se.
O engenheiro eletromecânico é um dos 14.570 emigrantes que regressaram a Portugal em 2018, numa média de 40 por dia, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Cerca de 75% têm menos de 44 anos e só 5% acima de 65. Mas o número de entradas de portugueses no país até pode ser superior, porque nestes cerca de 15 mil estão só as pessoas com naturalidade portuguesa, ou seja que nasceram em Portugal. Os filhos que já tenham nascido lá fora não são contabilizados. Se se contarem as entradas, em 2018, de pessoas com nacionalidade portuguesa, então o número sobe para cerca de 20 mil, segundo as estimativas do INE.
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