Primeira instalação para compostagem de cadáveres é anunciada em Washington
A ideia é permitir às pessoas darem vida depois da vida, e ao mesmo tempo aliviar o planeta
A ideia é permitir às pessoas darem vida depois da vida, e ao mesmo tempo aliviar o planeta
Jornalista
Depois da vida, pode-se ajudar a dar vida e ao mesmo tempo aliviar o desgaste ambiental do planeta. É o conceito por trás de um projeto da Recompose, uma empresa de Seattle que promove a compostagem como alternativa ao enterro e à cremação.
A ideia, por enquanto só possível no estado de Washington, onde fica Seattle, é a de transformar os restos humanos em solo fértil, evitando as limitações destas duas formas de dispor dos mortos. Em relação à cremação, por exemplo, os custos energéticos, bem como em termos de poluição, são bastante menores. E obviamente, o espaço requerido é muito inferior ao que requer uma sepultura normal.
O projeto agora ser anunciado é obra da empresa de arquitetura Olson Kundig. Essencialmente, trata-se de uma estrutura com 75 "vasos de recomposição" onde os restos mortais serão colocados em espaços hexagonais arejados e com aparas de madeira para ajudar a decomposição.Cerimónias fúnebres ou comemorativas terão o seu espaço próprio.
Com 1718 metros quadrados e abertura prevista para 2021, a estrutura será a primeira do seu género. A Recompose explica: "Tudo, incluindo ossos e dentes, é transformado, porque o sistema cria o ambiente perfeito para as bactérias e micróbios termofílicos (i.e. amigos do calor) para decompor tudo mais rapidamente".
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