16 novembro 2019 18:51
São alguns sintomas de um Serviço Nacional de Saúde doente que o Expresso conta na edição deste fim de semana: há hospitais em que os chefes de equipa da Urgência afixam avisos onde dizem que "os tempos de espera serão largamente ultrapassados" e em que recusam responsabilidades
16 novembro 2019 18:51
No Litoral Alentejano não são invulgares notas de chefes de equipa da Urgência como a que foi afixada na passada terça-feira: “A equipa encontra-se fortemente desfalcada a partir das 20 horas, pelo que os tempos de espera serão largamente ultrapassados. Não nos responsabilizamos pelo que possa ocorrer.”
As declarações de escusa de responsabilidade face à falta de segurança na prestação de cuidados, quase sempre por falta de profissionais, começaram por ser estranhas mas agora entranharam-se no SNS, mesmo nos grandes hospitais — recorde-se o caso, no início do mês, de 21 chefes de equipa da Urgência do Santa Maria e do Pulido Valente, do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Por exemplo, só na região Centro, a Ordem dos Médicos recebeu este ano 244 documentos, mais 168 do que em todo o ano 2018. “Sempre que estamos dois especialistas de banco durante a semana ou três nos fins de semana entregamos a declaração. E acontece muitas vezes”, diz uma anestesista do Hospital Fernando Fonseca, vulgo Amadora-Sintra.
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