No Litoral Alentejano não são invulgares notas de chefes de equipa da Urgência como a que foi afixada na passada terça-feira: “A equipa encontra-se fortemente desfalcada a partir das 20 horas, pelo que os tempos de espera serão largamente ultrapassados. Não nos responsabilizamos pelo que possa ocorrer.”
As declarações de escusa de responsabilidade face à falta de segurança na prestação de cuidados, quase sempre por falta de profissionais, começaram por ser estranhas mas agora entranharam-se no SNS, mesmo nos grandes hospitais — recorde-se o caso, no início do mês, de 21 chefes de equipa da Urgência do Santa Maria e do Pulido Valente, do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Por exemplo, só na região Centro, a Ordem dos Médicos recebeu este ano 244 documentos, mais 168 do que em todo o ano 2018. “Sempre que estamos dois especialistas de banco durante a semana ou três nos fins de semana entregamos a declaração. E acontece muitas vezes”, diz uma anestesista do Hospital Fernando Fonseca, vulgo Amadora-Sintra.
Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler. Para aceder a todos os conteúdos exclusivos do site do Expresso também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso.
Caso ainda não seja assinante, veja aqui as opções existentes e tenha acesso a todos os artigos
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: varreigoso@expresso.impresa.pt