CP recicla velhas carruagens para fabricar comboio português
Unidades fora de circulação serão “descascadas” até ficar só o esqueleto metálico, a partir do qual nascerá uma nova carruagem
Unidades fora de circulação serão “descascadas” até ficar só o esqueleto metálico, a partir do qual nascerá uma nova carruagem
Expresso
A partir da oficina de Guifões, a Comboios de Portugal (CP) pretende, num futuro a curto-prazo, “reciclar” velhas carruagens e construir com os esqueletos destas “comboios portugueses”, revela o “Público” esta quinta-feira. Esta é a solução possível face à escassez de meios atual: o primeiro dos 22 novos comboios, cujo concurso público está a decorrer, não chegará antes de 2023.
O projeto do “comboio português” está nas mãos de Nuno Freitas, presidente da CP que tomou posse ainda há três meses. Para o concretizar, o responsável espera envolver várias entidades públicas e privadas.
O gestor pretende tirar partido da experiência obtida na recuperação dos comboios antigos, na reabertura de Guifões e na criação de um centro tecnológico ferroviário para lançar as bases para o fabrico de UME (Unidades Múltiplas Elétricas) compostas por quatro veículos.
O caminho passará pela grande modernização das carruagens Sorefame e das automotoras UDD (Unidades Duplas Diesel).
Estas unidades serão “descascadas” até ficar só o esqueleto metálico, a partir do qual nascerá uma nova unidade. Só os bogies e os motores deverão ser importados. Todas as restantes peças serão produzidas em Portugal, avança o jornal.
A lista de entidades envolvidas neste projeto é extensa: Faculdade de Engenharia do Porto, Instituto Superior Técnico, Infraestruturas de Portugal, Câmara de Matosinhos, Metro do Porto, Plataforma Ferroviária Portuguesa, Mota-Engil, Efacec, Salvador Caetano, Monte Meão, Nomad Tech, Siemens, Amorim, Martifer, Sermec, Almadesign, Associação de Fabricantes da Indústria Automóvel e Associação Portuguesa de Fundição.
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