Greta Thunberg precisa de uma boleia para voltar à Europa. Não de avião
O problema vem do facto de uma cimeira que ia ter lugar em Santiago ter sido transferida para Madrid, por causa dos tumultos sociais no Chile
O problema vem do facto de uma cimeira que ia ter lugar em Santiago ter sido transferida para Madrid, por causa dos tumultos sociais no Chile
Jornalista
Devido às manifestações populares no Chile, que já fizeram mortos, a Cimeira do Clima (COP 25), que estava marcada para o início de dezembro em Santiago, teve de ser transferida para Madrid. Para os participantes portugueses é uma vantagem, mas para aqueles que são oriundos de muito países do Sul global - América Latina, por exemplo - a situação é a oposta.
Para a ativista ambiental mais famosa de todas, uma adolescente de 16 anos que vem do norte da Europa mas que se encontra atualmente na costa oeste dos EUA, depois de ter participado na cimeira climática da ONU há algumas semanas, também é um problema.
Por questões de princípio, Greta Thunberg não viaja de avião. Para ir à ONU, sujeitou-se a uma travessia oceânica pouco confortável a bordo de um veleiro. Uma vez chegada, repreendeu vivamente os líderes do mundo, lembrando-lhes que em condições normais (isto é, se a crise climática não tivesse a gravidade que tem), devia estar na escola, não ali.
Depois da ONU, a adolescente sueca seguiu para outros lugares por via terrestre - comboio e automóvel elétrico, sobretudo. Encontra-se agora em Los Angeles e, quando soube que o COP 25 tinha sido transferido para Madrid, fez um apelo público: "Acontece que fiz meia volta ao mundo, na direção errada :)", escreveu no Twitter.
"Agora preciso de arranjar uma maneira de atravessar o Atlântico em novembro", explica. "Se alguém me puder ajudar a encontrar transporte, ficarei muito grata".
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