Sociedade

Calor coloca país em situação de alerta. Ministro garante que o sistema está preparado

Calor coloca país em situação de alerta. Ministro garante que o sistema está preparado
RODRIGO ANTUNES/LUSA

Eduardo Cabrita diz que a situação de alerta até ao próximo domingo em todo o território continental exige medidas preventivas face ao risco de incêndio. 85 patrulhas vão reforçar as áreas de risco e um helicóptero da Força Aérea fará vigilância durante o período crítico

Calor coloca país em situação de alerta. Ministro garante que o sistema está preparado

Liliana Coelho

Jornalista

O ministro da Administração Interna admite que as condições meteorológicas previstas até domingo no continente deverão favorecer a ocorrência de incêndios florestais, mas garante que o sistema está preparado para responder a esta situação.

“As elevadas temperaturas, vento seco de leste e baixa humidade do ar criam condições propícias para a ocorrência de incêndios rurais”, afirmou aos jornalistas Eduardo Cabrita, sublinhando que 85 patrulhas vão reforçar as áreas de risco e que a partir de quinta-feira, e até domingo, um helicóptero da Força Aérea estará também permanentemente em vigilância, “atuando de imediato” caso se justifique.

Segundo o governante – que presidiu a uma reunião da Comissão Nacional da Proteção Civil, – até às 10h foram recebidas pelas populações mais de quatro milhões de SMS de emergência nos 13 distritos abrangidos pelo alerta vermelho. “Pedimos às operadoras que atualizem de duas em duas horas as informações. Além disso, já recebemos 600 pedidos de esclarecimentos”, acrescentou o governante.

Reafirmando que o atual Governo é responsável pelo “maior programa de reforma da floresta”, Eduardo Cabrita voltou a apelar à tomada de todas as medidas de segurança por parte da população sob o risco de crime de desobediência.

Três incêndios ativos e 10 em fase de resolução

Dois incêndios estão ativos em Portugal continental e outros 10 encontram-se em fase de resolução, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). Os fogos que deflagraram esta quarta-feira em Vale da Serra, no concelho de Torres Novas (Santarém), em Algodres, no concelho de Fornos de Algodres (Guarda) e em Águas Frias, no concelho de Oliveira de Chaves (Vila Real) estão a mobilizar 119 operacionais, 24 veículos e seis meios aéreos, refere o site da ANPC.

Em fase de conclusão encontram-se os fogos de Cabreiros (Leiria), Mealhada (Aveiro), Chão do Galego (Castelo Branco), Encosta da Carreira (Cascais), Santa Margarida do Sado (Beja), Arruda dos Pisões (Rio Maior), Peso da Régua (Vila Real), Feitais (Vila Real), Venda (Castelo Branco) e Vale Meão (Santarém).

Estes incêndios ocorrem numa altura em que a GNR está a reforçar o patrulhamento para a prevenção de fogos florestais entre esta terça e quarta-feira. Em causa está a subida das temperaturas máximas que aumenta a probabilidade do risco de incêndio em várias regiões do país.

Mais de 40 concelhos dos distritos de Faro, Beja, Portalegre, Leiria, Santarém, Castelo Branco, Coimbra, Viseu e Guarda apresentam esta quarta-feira risco máximo de incêndio, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O Governo declarou a Situação de Alerta entre as 00h desta terça-feira e as 23h59 do próximo dia 8 de setembro em todo o território continental, alertando para a necessidade de adotar medidas preventivas face ao risco de incêndio.

13 distritos em Alerta Vermelho

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) determinou o Estado de Alerta Especial nível Vermelho do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Portalegre, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu e o nível Laranja para os distritos de Évora, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro.

Este ano têm sido registados poucos incêndios face a um verão atípico, com temperaturas abaixo da média habitual para esta época. Até 26 de agosto, assinalaram-se 7915 fogos no país, tendo ardido 27.136 hectares, segundo os dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICND).

Nos primeiros oito meses do ano, 47 pessoas foram detidas pelo crime de incêndio florestal enquanto 455 foram identificadas como sendo suspeitas de terem praticado o mesmo crime, avança a GNR.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lpcoelho@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate