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Ministra da Saúde admite que há mais portugueses sem médico de família

Ministra da Saúde admite que há mais portugueses sem médico de família
CARLOS BARROSO/LUSA

Neste momento, há 700 mil portugueses sem médico de medicina geral e familiar atribuída. Um problema, defende Marta Temido, que deve ficar resolvido com a conclusão do concurso de colocação de mais médicos, que deve ficar concluído nos próximos meses

A ministra da Saúde admitiu que atualmente há 700 mil portugueses sem médico de família. Ou seja, mais pessoas que aquelas que estavam sem especialista atribuído no final do ano passado. Marta Temido, que esteve presente na inauguração da centésima Unidade de Saúde Familiar (USF), esta terça-feira, no Bombarral.

“Estamos ainda com 700 mil portugueses sem médico de família atribuído. É um pouco mais do que no final de 2018”, disse a ministra aos jornalistas. “Neste momento tivemos apenas o movimento de aposentações e estamos ainda a completar o concurso de colocação de 305 especialistas em medicina geral e familiar, que por estes meses de julho e agosto estão a ser colocados, a assinar contratos e vão ter depois a lista de utentes atribuídas”, explicou.

O Governo tinha prometido atribuir médico de família a todos os cidadãos até ao final da legislatura. “Se o concurso, que atualmente está em curso, tiver as suas vagas totalmente preenchidas, ficaremos a muito pouco de atingir os 100%, com 97% até ao final deste ano”, apontou o primeiro-ministro. Os "97% de cobertura de médico de família até ao final da legislatura está aquém do objetivo e não nos deixa satisfeitos", acrescentou a ministra da Saúde.

Marta Temido admitiu que a atribuição de médico de família a todos os portugueses "tem sido uma meta mais difícil de alcançar por várias razões", uma das quais as aposentações destes profissionais.

A criação de uma centena de USF “significa cumprir uma meta fixada no programa do Governo e continuar a desenvolver uma das reformas mais importantes que têm vindo a modernizar o Serviço Nacional de Saúde”, disse António Costa na inauguração desta USF, no distrito de Leiria. O primeiro-ministro reconheceu que as USF e as Unidades de Cuidados Continuados “são duas reformas fundamentais para o SNS”.

Já esta segunda-feira, na Sertã, Marta Temido dizia que Portugal continuava a ser um país com uma assimetria muito grande na distribuição de médicos. “A questão é bastante complexa. Continuamos a ter uma assimetria muito grande na distribuição de médicos no país. A Unidade Local de saúde de Castelo Branco e a do Baixo Alentejo são dois casos que perderam médicos desde o início da legislatura”, afirmou.

Notícia Atualizada às 14h45

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