Sociedade

PJ faz cinco detenções relacionadas com viciação de contratos públicos no Norte

Os cinco detidos no âmbito da designada operação “Éter”, estão indiciados por crimes de corrupção e participação económica em negócio em procedimentos de contratação pública no Norte do país. Presidente do Turismo do Norte é um dos detidos

A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quinta-feira cinco pessoas e realizou buscas em entidades públicas e sedes de empresas no âmbito de uma investigação relativa à presumível viciação de procedimentos de contratação pública no valor de vários milhões de euros.

Em comunicado, a PJ refere que os cinco detidos no âmbito da designada operação "Éter", estão indiciados por crimes de corrupção e participação económica em negócio em procedimentos de contratação pública no Norte do país.

O “Correio da Manhã” avança que o presidente do Turismo do Norte, Melchior Moreira, é um dos detidos. Além deste, foram detidas mais duas pessoas associadas ao Turismo Porto e Norte de Portugal, e outros dois empresários, indica ainda a edição online do jornal.

"A investigação, centrada na atividade de uma pessoa coletiva pública, determinou a existência de um esquema generalizado, mediante a atuação concertada de quadros dirigentes, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto com o desiderato de favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular, assinala a PJ, através da sua Diretoria do Norte.

Na operação policial realizaram-se 11 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, nas regiões de Porto, Gaia, Matosinhos, Lamego, Viseu e Viana do Castelo e estiveram envolvidos 50 elementos da Polícia Judiciária, incluindo inspetores, peritos informáticos e peritos financeiros e contabilísticos.

A investigação, refere a polícia, prossegue no sentido de determinar todas as condutas criminosas e o seu alcance.
Os detidos, com idades compreendidas entre os 42 e os 54 anos, sendo três dirigentes de entidade pública e dois empresários, vão ser presentes a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

Notícia atualizada às 13h28

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