Sociedade

“Se não fosse ele, não havia dois mortos. Havia três”

Carlos Santos (à esquerda) e Manuel António (à direita) eram bombeiros voluntários de Oeiras e combateram o incêndio do Chiado em 1988
Carlos Santos (à esquerda) e Manuel António (à direita) eram bombeiros voluntários de Oeiras e combateram o incêndio do Chiado em 1988
Rui Ochôa

Desde o dia do incêndio de agosto de 1988 que Manuel António e Carlos Santos, bombeiros voluntários de Oeiras, não voltavam ao Chiado. Na fotografia tirada pelo Expresso em 1988, Manuel tinha acabado de salvar o seu colega mais novo

Eram quase três da tarde daquela quinta-feira de agosto e Manuel António estava em pé ao lado de Carlos Santos, o seu colega mais novo dos voluntários de Oeiras. Tinha acabado de o resgatar de uma morte quase certa. O rapaz de 18 anos, sentado numa maca da tenda de socorro montada pela Cruz Vermelha no Largo do Carmo, começava a conseguir respirar depois do fundo inalado. Mas o ar perdido, como se olhasse sem ver, escondia o choque. E nenhum dos dois sabia que uma fotografia captara esse preciso momento.

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