Este sábado ao início da manhã, o secretário de Estado das Comunidades, confirmou a morte de uma cidadã portuguesa no ataque terrorista que ontem vitimou 38 pessoas na zona balnear de Sousse. Horas depois, o genro de Maria da Glória Moreira, contou à Sic a história da viagem da sogra.
Uma história triste; uma história que tem um fim entre o épico e o poético como muitas tragédias. Maria da Glória tinha sido professora, estava reformada, e ficou viúva há dois anos. Nos dias felizes em que viajou com o marido, a Tunísia foi um dos destinos escolhidos pelo casal. Gostavam da praia e eram bem tratados nos hotéis. Sentiam-se seguros.
Quando "finalmente" decidiu e conseguiu retomar o curso normal da "vida", Maria da Glória viajou para a Tunísia onde fora tão feliz. Chegou a Sousse na última segunda-feira, 22 de junho. A família falou com ela nesse dia por telefone. Na quarta novo telefonema onde ela lhes contou que "já tinha feito amigos no hotel".
A família também se sentiu contente com o seu regresso às alegrias do mundo. Um regresso breve. Maria da Glória morreu ao 5º dia de férias, vítima de um brutal atentado já reivindicado pelo Daesh [autoproclamado Estado Islâmico].
Era a única portuguesa hospedada no hotel Riu Imperial Marhaba na altura do atentado. Foi transportada para o Hospital Charles-Nicolle, em Tunes, onde se realizou a autópsia esta manhã.
[artigo atualizado às 13h40]
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