
Há 50 anos, em Espanha, o regime criado na sequência da Guerra Civil sentia-se dependente do batimento cardíaco do ditador. O atual primeiro-ministro espanhol fez da memória do caudilho o seu ás preferido
Há 50 anos, em Espanha, o regime criado na sequência da Guerra Civil sentia-se dependente do batimento cardíaco do ditador. O atual primeiro-ministro espanhol fez da memória do caudilho o seu ás preferido
Jurista, Consultor para Assuntos Políticos e Sociedade
A inusitada ‘ressurreição’ do ditador Francisco Franco na aproximação dos 50 anos da sua morte foi amplamente denunciada pela imprensa espanhola como uma manobra política do presidente do Governo, Pedro Sánchez, para lançar uma cortina de fumo sobre os seus problemas. Falsamente maquilhado como comemoração dos “50 anos de liberdade” — escamoteando a circunstância de a liberdade ter chegado apenas em 1978 —, ao programa do cinquentenário da morte do “Generalíssimo”, iniciado em janeiro, foi atribuído um orçamento de mais de €20 milhões, 40% dos quais para publicidade.
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