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“As peças são eternas, os proprietários é que são provisórios”: entrevista ao colecionador de arte Renato Albuquerque

“As peças são eternas, os proprietários é que são provisórios”: entrevista ao colecionador de arte Renato Albuquerque

A Fundação Renato Albuquerque, no Linhó, perto de Sintra, alberga uma das mais importantes coleções mundiais de porcelana chinesa do século XVIII. Aos 96 anos, o colecionador brasileiro, que raras vezes dá entrevistas, falou ao Expresso sobre a matéria com que foi moldando a paixão de colecionar

“As peças são eternas, os proprietários é que são provisórios”: entrevista ao colecionador de arte Renato Albuquerque

Ana Soromenho

Jornalista

“As peças são eternas, os proprietários é que são provisórios”: entrevista ao colecionador de arte Renato Albuquerque

Nuno Botelho

Fotojornalista

Abriu portas ao público, em fevereiro passado, a Fundação Renato Albuquerque. Um projeto desenhado pela família de um dos mais importantes colecionadores privados de porcelana chinesa das dinastias Ming e Qing, engenheiro civil brasileiro, cofundador na década de 50 do século XX de uma das maiores empresas de construção naquele país, que escolheu Portugal para depositar a sua coleção. A relação de Renato Albuquerque com Portugal é antiga. Com amigos e negócios em terras lusas desde o final dos anos 80, encantou-se por essa época por uma quinta, perto de Sintra, de traça oitocentista e jardim de frondosas árvores, para fazer a casa de verão da família. É precisamente neste espaço, agora reformulado e transformado em museu, ao qual se acrescentou um novo edifício dedicado a uma programação contemporânea, que se encontra em exposição e depósito a coleção, reunida ao longo de 60 anos. E é neste espaço que o colecionador de 97 anos nos recebe para uma das raras entrevistas que deu ao longo da sua extensa vida. É um homem afável e vivaz, de gestos elegantes e riso fácil, mas extremamente reservado. A sua coleção, raramente partilhada, foi sempre um assunto muito privado, até ser convencido pela família de que talvez fosse importante torná-la pública para que outros dela pudessem usufruir, estudando e acrescentando conhecimento. A ideia e o desenho conceptual da Fundação partiu de Mariana Teixeira de Carvalho, sua neta, advogada, que trabalhou em várias galerias de arte contemporânea, em Londres, cofundadora e presidente do Conselho de Administração da FRA, que nos pede para assistir à conversa, acabando por também participar.

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