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“Gorbatchov cavou a sepultura do comunismo soviético porque acreditava nele”: entrevista a William Taubman, biógrafo do líder da URSS

“Gorbatchov cavou a sepultura do comunismo soviético porque acreditava nele”: entrevista a William Taubman, biógrafo do líder da URSS
Ernesto Agudo/Archivo ABC / Album/Fotobanco.pt

Inesperado e cataclísmico, o fim da União Soviética, em 1991, não teria acontecido sem Mikhail Sergeiyevich Gorbatchov, homem das províncias, eleito há 40 anos. Nesta longa entrevista, o melhor dos seus biógrafos, William Taubman, explica as ilusões e o legado de Gorbatchov, um líder que mudou o mundo. “No final, tornou-se quase um social-democrata ocidental. Mas herdou do comunismo a crença de que o mundo podia ser transformado”

Luís M. Faria

Jornalista

Para uma pessoa nascida após 1970, é difícil imaginar o sentimento de excitação que alguém atento ao noticiário internacional sentiu ao ouvir a notícia de que Mikhail Gorbatchov tinha sido eleito secretário-geral do Partido Comunista da URSS em 1985. A sua escolha como líder da pátria comunista mundial estava anunciada há anos, mas não aconteceu logo após a morte de Leonid Brejnev (1906-1982), que para muitos representava o mundo estagnado em que a Guerra Fria parecia ter-se tornado. Antes de Gorbatchov ainda veio Yuri Andropov, o seu mentor, que apesar de chefe do KGB (ou talvez por causa disso) era suficientemente esclarecido para compreender que o sistema soviético precisava de mudanças. A doença matou-o ao fim de pouco mais de um ano, e seguiu-se outro curto interregno com Konstantin Chernenko, cujo único mérito e função foram exatamente esses. Finalmente, a 11 de março de 1985, chegou a vez de Gorbatchov.

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