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Na Guiné-Bissau, há uma década, uma em cem mulheres morria a dar à luz: o que foi feito e o que falta fazer, numa reportagem no terreno

O Expresso viajou pelo país para compreender as razões que levam a uma elevada mortalidade materna
O Expresso viajou pelo país para compreender as razões que levam a uma elevada mortalidade materna
Annika Hammerschlag/Getty Images

Há uma década, a Guiné-Bissau estava entre os dez países do mundo onde as mulheres mais morriam no parto. Era a única ex-colónia portuguesa entre os dez países com as piores estatísticas. Foi quando um projeto de emergência da União Europeia levou uma ONGD portuguesa ao país para ajudar a estancar estas mortes. O Expresso acompanhou as equipas médicas e os seus maiores desafios, da falta de material à mutilação genital feminina

Na Guiné-Bissau, há uma década, uma em cem mulheres morria a dar à luz: o que foi feito e o que falta fazer, numa reportagem no terreno

Joana Ascensão

Na Guiné-Bissau

Danilo Vaz

Na Guiné-Bissau

Ainda não amanheceu no caminho de Bissau para Catió. É no lusco-fusco que as crianças se amontoam com mochilas à beira da estrada. Os camponeses preparam as ferramentas para a lavoura do dia. As notícias das 7h em ponto, na RDP África, mostram uma realidade que não destoa. Tal e qual o boletim meteorológico. É janeiro e está calor. A chuva não aparece para ameaçar o pó castanho que vai pousando a ritmo lento nas folhas das árvores, vindo das rodas dos jipes a lutarem contra a terra batida. Rumo a sul, são cinco horas para nem 300 quilómetros. Basta distar uns metros da única estrada intacta do país, que liga a Avenida Amílcar Cabral ao aeroporto de Bissau, e o trajeto passa a fazer-se a não mais de 40 quilómetros por hora. Devagar e aos solavancos, para fintar as lacunas do asfalto. Há tempo de sobra para apreciar o país rural e tribal que contrasta com a capital.

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