Em casa do jardineiro Gustavo Zapata, de 36 anos, a família defronta-se com duas crises simultâneas: a económica e a sanitária. Nisso está em perfeita sintonia com a dura realidade da Argentina, hoje a atravessar os maiores índices de inflação dos últimos 32 anos e uma epidemia de dengue, com recordes de casos e mortes. “As minhas duas filhas e a minha irmã estão com dengue. Sentem-se muito mal, não conseguem andar, estão com febre alta, sangram pelo nariz e não conseguem comer. Onde eu vivo, as pessoas têm medo de sair de casa e de serem contagiadas. É um bairro com uma lixeira, com muita sujidade, casas abandonadas, terrenos baldios invadidos, pneus velhos... enfim, tudo onde os mosquitos põem ovos”, descreve ao Expresso Gustavo, morador de San José, no município de Lomas de Zamora, situado a 25 km de Buenos Aires, capital da Argentina.
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