“Sol na eira e chuva no nabal”, parece ser o que, por estes dias, exigem os ativistas do clima. Senão vejamos. É hoje pacífico e dado por adquirido pela generalidade dos líderes políticos internacionais que os combustíveis fósseis têm os dias contados. Urge pois criar as alternativas para que o mundo continue a funcionar. Mais cedo ou mais tarde, toda a energia consumida terá origem em fontes renováveis. Nas já clássicas barragens hidrográficas e nos parques eólicos e fotovoltaicos. Além disso, praticamente todos os instrumentos elétricos necessitarão de baterias de lítio. É evidente que as infraestruturas atrás referidas têm impactes ambientais que podem e devem ser mitigados. Infelizmente nem todos o poderão ser. Não há ecologista que se preze que não alinhe num protesto ou numa vigília para impedir a construção dessas fontes de energia limpa. Mas não prescindem de usar iPhones, automóveis, de viajar de avião ou comer frutos tropicais importados do Brasil e do Peru. Eles não são contra os parques fotovoltaicos e eólicos, eles são contra os que ficam à sua porta. Lá longe, “olhos que não veem, coração que não sente”. Se isto não é uma atitude eivada de egoísmo, então o que é?
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