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O que é doce nunca amargou: moscatel e outras doçuras

O que é doce nunca amargou: moscatel e outras doçuras
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Fazer moscatel não tem segredos, uma vez que se segue a regra usada para todos os outros generosos: interrompe-se a fermentação a meio, adiciona-se aguardente, e o produto final fica doce e mais alcoólico. Há, no entanto, variações

O tema de hoje são vinhos generosos de moscatel. Estamos então no terreno dos vinhos doces, ainda que a casta permita fazer vinhos de boa secura. Por cá sempre gostámos mais dos doces, mas recordo o êxito estrondoso que foi, nos anos 90, o lançamento do João Pires, um branco jovem e fresco e que de generoso não tinha nada, apesar de ser feito de moscatel. A casta está espalhada pelo mundo e chegou mesmo à África do Sul; na bacia do Mediterrâneo pode tomar nomes diferentes, conforme a região e a subfamília a que pertence. Em Portugal temos algumas variedades, a Moscatel Galego (no Douro), a Moscatel de Alexandria (Setúbal) e, também no Douro, para vinho seco, a Moscatel Ottonel, variedade nascida no século XIX e muito usada no centro da Europa. Em Espanha, é em Málaga que ganha mais notoriedade, ao lado da Pedro Ximénez, gerando vinhos generosos. Confesso que, há uns bons anos, num concurso internacional, provei um Málaga que era capaz de jurar que era um Setúbal. Coisas dos concursos...

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