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Os mitos e encantos do vinho morangueiro

Os mitos e encantos do vinho morangueiro
Getty Images

E se a polícia da operação stop tentar indagar de onde vêm aqueles garrafões que se levam no carro, é sempre a história de um amigo que deu. O consumidor lá vai todo contente para casa com o vinho “do lavrador”, alimentando assim um dos maiores “mitos rurais” que temos em Portugal: o produto genuíno, não contaminado pela ciência e pela modernidade e que nos faz regressar a um passado rural que quase todos tivemos

Já se sabe que somos grandes consumidores de vinho, mesmo dos maiores no consumo per capita a nível mundial. Estamos a falar de um pouco mais de 52 litros/ano por pessoa acima dos 15 anos. Para nos defendermos da acusação de “bebedolas” costumamos avançar com o elevado número de turistas que nos visitam e que ficam encantados com os bons vinhos a baixo preço, consumindo litros e litros, como se não houvesse amanhã. Creio que é verdade mas, neste tema do consumo do vinho, ou, generalizando, do consumo do álcool, não há santos de um lado e pecadores do outro. Por exemplo, recordo-me de noruegueses com quem em tempos falei deste tema e que me disseram que, por lá, muita gente faz destilações em casa. Qualquer fruta ou tubérculo que tenha açúcar é o suficiente para se conseguir fazer um destilado. É claro que nada disso entra nas estatísticas, sendo o baixo consumo “oficial” deturpado pela realidade. Por cá, não estamos melhor.

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