Já depois de escrita a minha crónica, chegaram os resultados do concurso de Sauvignon Blanc que teve lugar na Bulgária. Tenho muita sorte porque alguns dos vinhos que pontuei muito bem acabaram por receber os galardões mais altos. Refiro-me às duas zonas que tinha referido: na Áustria, a região de Steiermark e, em Itália, o Alto Ádige, região ao norte, no Tirol, cuja principal cidade é Trento (além de vinhas, também já por lá houve Concílios). Olhando para os resultados, é caso para “tirar o chapéu” à Áustria: o país recolheu 95 medalhas, enquanto Portugal se quedou por uma única medalha, no caso, um vinho com marca Pingo Doce. Por cá não sabemos quase nada destes vinhos austríacos e italianos, mas há que fixar os nomes daquelas regiões e depois tentar a sorte, quer em garrafeiras, quer em lojas de aeroporto, sobretudo com vinhos com mais de quatro anos. A Itália recolheu 33 medalhas e a Nova Zelândia “apenas” 21 medalhas. Digo apenas porque, se estivéssemos a falar do International Wine Challenge de Londres, o número de vinhos a concurso e medalhas da Nova Zelândia seria incrivelmente superior. Já França, entre Loire, Bordéus e sudoeste, arrecadou 101 medalhas. Não consegui apurar quantos Sauvignon Blanc portugueses estavam a concurso, mas a verdade é que temos bons representantes que não deixariam ficar mal o país, como o da Real Companhia Velha (o melhor), Vicentino ou Chocapalha. Um dos países que também se saiu muito bem foi a África do Sul, com 31 medalhas.
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