
Tudo se justifica em época adversa a vinhos doces (fenómeno internacional), o que obriga o vinho do Porto a um grande jogo de cintura para repensar a produção e conseguir manter as vendas
Tudo se justifica em época adversa a vinhos doces (fenómeno internacional), o que obriga o vinho do Porto a um grande jogo de cintura para repensar a produção e conseguir manter as vendas
Já lá vão três décadas desde que as empresas tradicionais do vinho do Porto perceberam que não se podiam ficar apenas pela produção de generoso. Avançaram então para os vinhos DOC Douro, num movimento imparável. Nos grandes grupos, a Fladgate (Taylor’s, Croft, Fonseca) foi a que resistiu à tentação até mais tarde. Mas o convencimento foi rápido e este grupo já se expandiu para outras regiões, como a Bairrada e Vinhos Verdes. Já a família Symington (na foto), bem implantada nos vinhos tranquilos do Douro, avançou para o Alentejo (Quinta da Fonte Souto, em Portalegre) e agora para o verde Alvarinho de Monção. Este alargar de horizontes que muitas empresas abraçam, obriga a mudar o chip; fazer generoso é uma coisa, fazer vinhos tranquilos brancos e tintos é outra e, por via disso, vemos estes grupos a contratarem técnicos só para os vinhos tranquilos. E tudo se justifica em época bastante adversa a vinhos doces (fenómeno internacional), o que obriga o vinho do Porto a um grande jogo de cintura para repensar a produção e conseguir manter as vendas. Rapidamente se concluiu que numa mesma quinta se poderia produzir um grande Porto vintage mas também um grande vinho tinto do Douro.
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