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Vinhos: Grandes naus, sarilhos grandes

Vinhos: Grandes naus, sarilhos grandes
Getty Images

Quem entrar numa garrafeira, onde estão sobretudos vinhos de gamas média e alta, vai pensar que isto é um país de ricos. A verdade é que os vinhos caros estão lá, mas… quem compra volta para comprar de novo, ou foi só uma curiosidade?

Comecei a minha vida profissional a sério na Moita, na outra banda, portanto. Foi já depois de por lá andar que fiquei a saber da existência de duas povoações com nomes curiosos: Sarilhos Grandes e Sarilhos Pequenos. É claro que são preferíveis os pequenos, mas temos sempre a tendência para nos ensarilharmos em grande. Nós, na nossa vida particular, e os produtores e empresas dos vinhos a darem, com frequência, passos maiores que as pernas. O negócio do vinho esbarra quase sempre em obstáculos que se mostram complicados: se somos pequenos, não temos dimensão para crescer, não conseguimos preços que compensem o investimento e, como acontece amiúde, não temos quem distribua, quem comunique, quem faça as cobranças. Tudo assume uma componente de tragédia anunciada quando o pequeno produtor não tem descendência que lhe assegure a continuação do seu projeto.

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