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Hard rock & heavy wine: porque é que certas castas são tão importantes (e tão discretas) como os grandes baixistas

Hard rock & heavy wine: porque é que certas castas são tão importantes (e tão discretas) como os grandes baixistas
Getty Images

No rock clássico, ninguém duvida da importância da guitarra-baixo para conservar o ritmo e a cadência. Por estranho que pareça, nos vinhos encontramos um paralelismo, porque há castas solistas que são verdadeiras primas-donas, deixando pouco espaço para as que as acompanham

Quem acompanhou a evolução do hard rock do final dos anos 60 em diante, recorda nomes como The Who, Led Zeppelin, Deep Purple ou Cream. Em três destas quatro bandas os baixistas eram personagens discretas, desde o seráfico John Entwistle (The Who) ao quase incógnito Roger Glover (Deep Purple) e ao discreto John Paul Jones (Led Zeppelin), ofuscados pela presença estridente de outros membros que se tornaram estrelas. O caso de Jack Bruce (Cream) é um pouco diferente, porque era também o vocalista da banda. O que ninguém duvida é da importância da guitarra-baixo para que se conservasse o ritmo e a cadência, permitindo aos solistas (voz ou guitarra) as loucuras que todos recordamos. Por estranho que pareça, nos vinhos vamos encontrar um paralelismo, porque há castas solistas que são verdadeiras primas-donas, tomando toda a atenção dos consumidores e deixando pouco espaço para as outras que as acompanham. Recordo um lote que em tempos era muito habitual na zona de Monção e Melgaço: Alvarinho e Trajadura. Mas alguém se lembra da Trajadura? Ela quedou-se, discreta, a acompanhar a ‘princesa’ Alvarinho, que recolhia adeptos e impunha respeito. Hoje está aqui, na seleção da semana.

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