
Se estamos a produzir de mais, o subsídio deveria ser para a diminuição da área de vinha e não para a reestruturação da vinha. Ao arrancar vinhas velhas decrépitas, e substituí-las por vinhas novas bem produtivas, estamos a aumentar o problema
Se estamos a produzir de mais, o subsídio deveria ser para a diminuição da área de vinha e não para a reestruturação da vinha. Ao arrancar vinhas velhas decrépitas, e substituí-las por vinhas novas bem produtivas, estamos a aumentar o problema
Nos últimos anos temos assistido em Portugal a uma situação paradoxal: o país produz vinho em excesso, mas continua a plantar vinha. Trata-se de um velho problema que já existia nos anos 30 do século passado e é recorrente. Isto tem levado, como aconteceu outrora, a campanhas para a destilação dos excedentes. O produto da destilação tanto poderá ter utilização industrial (álcool vínico) como poderá, como aguardente, ser usado como elemento indispensável dos vinhos generosos, como o Vinho do Porto. Aqui o fator qualidade pode entrar em jogo e as casas do Vinho do Porto, se conseguem melhor aguardente importada, não estão muito preocupadas com os excessos existentes por cá. As campanhas subsidiadas à destilação têm boa intenção, mas não têm em conta o chico-espertismo de muitos negociantes de vinho que, diz-se à boca cheia, foram comprar vinho a granel a Espanha para depois o vender aqui para destilar, ganhando bom dinheiro com esse negócio de cêntimos.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt