
A imagem idílica do “antigamente é que era bom” é válida para os hábitos, a música e, claro os vinhos. Esse “fado” choramingas do elogio do passado está muito arreigado ao Fado, de que ‘A Casa da Mariquinhas’ é apenas um exemplo
A imagem idílica do “antigamente é que era bom” é válida para os hábitos, a música e, claro os vinhos. Esse “fado” choramingas do elogio do passado está muito arreigado ao Fado, de que ‘A Casa da Mariquinhas’ é apenas um exemplo
Não faltam no ambiente familiar e natalício as vozes que nos recordam que o Natal de hoje já não é nada comparado com o que foi outrora. Porque era no tempo da avó que os sonhos de abóbora tinham mais sabor, porque o bacalhau era curado ao ar livre e era mais genuíno, porque o porco tinha sido criado no curral e alimentado a legumes da horta, e por aí fora; um sem número de lembranças que nos fazem crer que outrora é que era bom, quando não havia decadência moral e, na voz dos populistas xenófobos, não havia nem tantos imigrantes nem retornados porque o país ainda tinha colónias. É uma retórica saudosista que se estende a inúmeras situações. De facto, como temos tendência a guardar do passado as memórias boas e a fazer delete do que não nos interessa. Essa imagem idílica do “antigamente é que era bom” também é válida para os hábitos, a música e, claro os vinhos. Esse “fado” choramingas do elogio do passado está muito arreigado ao Fado, de que ‘A Casa da Mariquinhas’ é apenas um exemplo.
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