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Vinhos: se é para pecar, que seja em grande estilo

Vinhos: se é para pecar, que seja em grande estilo

Temos atualmente em Portugal excelentes aguardentes vínicas (deixemos por agora as bagaceiras de lado…) de que são exemplo as sugestões de hoje, todas elas com um portfólio que inclui gamas de idades variadas

O tema das aguardentes não é dos mais fáceis. Por inúmeras razões, sendo uma delas (talvez não a principal) o receio do consumo. Depois de (muitos) abusos anteriores, de décadas de má vida e bebedeira insensata, muitos consumidores foram forçados a pôr ponto final no consumo de destilados E quem diz aguardentes, diz whiskies, vodcas e afins, tudo bebidas com elevado teor de álcool (em torno de 40%). Uns foram à faca e mudaram de fígado, outros finaram-se com cirroses, e muitos, que ainda gostam de andar por cá, deixaram de beber. Se juntarmos a isto a carga fiscal que incide sobre estes produtos, a perseguição e fiscalização quase pidesca que a Alfândega exerce sobre os produtores, percebe-se melhor que muitas destilarias tenham fechado portas; umas porque o negócio não era rentável face aos impostos e outras porque uns atrevidos entraram de noite na adega e roubaram tudo quanto era material de cobre, por coincidência o metal de que são feitos os alambiques. Felizmente também há boas notícias e a fiscalização fez com que acabassem os destilados feitos sem ciência e sem controle. Por isso, quando me falam que “esta aguardente é genuína, é do lavrador” digo logo (mentindo, claro…) que não consumo destilados. Livra! É que mal destilados geram compostos (metanol e 2-butanol) que se excederem os limites legais podem até, em situação limite, levar à cegueira.

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