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Vinhos: desenterrar relíquias? Olhe que não…

Vinhos: desenterrar relíquias? Olhe que não…

Para um vintage, todas as épocas do ano são boas

Após longo repouso na garrafeira, entendi que estava na hora de beber este Porto vintage. Encontrei nele duas características que me parecem merecedoras de realce. Por um lado, trata-se de uma marca descontinuada pela Quinta do Noval, ganhando por isso aquela aura de “produto que vai acabar”. Foi feito pela última vez em 2015 e o nome corresponde uma zona de Vale Mendiz onde vários produtores têm vinhas e existe mesmo uma quinta e hotel rural como esse nome. Durante pouco mais de uma década, a Quinta do Noval usou aquele nome para uma segunda marca em anos de boa produção. Não voltar a ser produzido, ainda que possa parecer contraditório, faz dele um vinho de preço mais acessível ao consumidor, uma vez que a marca nunca chegou a adquirir aquele prestígio que poderia apontar para a raridade e consequente aumento do preço. Por outro lado, atendendo ao tempo que leva de vida, é seguro que está a entrar na idade adulta, quando os vintages já ultrapassaram os sobressaltos da juventude e entram num plateau onde permanecerão, espera-se, por muitos anos.

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