A vindima é uma festa. Os produtores sabem que esta é a época de convocar amigos, familiares, estagiários que querem aprender, sobrinhada em idade de começar a “puxar pelo cabedal” e ascendentes de todas as idades que gostam de ver como a nova geração está a lidar com o assunto. Para os anciãos, o momento mais esperado é o do jantar, nome moderno para uma refeição que no campo sempre foi conhecida como ceia; jantar era por volta do meio-dia, quando as gentes do campo regressavam da primeira fase do trabalho onde estavam desde “sol fora”, outro termo caído em desuso e que indicava o momento em que, aos primeiros raios de luz, era preciso levantar, deixar o gado tratado antes de ir para a fazenda. Algum gado era mesmo levado para o campo para se alimentar e/ou desbastar balseiros (como as cabras) ou para ajudar no transporte, como os burros. Conforme o que se dava a comer às cabras, assim o queijo fresco que se fazia à noite poderia mudar de aromas e sabores. Uma arte rural. Mas na vindima atual dois elementos são básicos: a cerveja e a água.
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