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Somos todos ouvidos, e estes são os melhores auriculares que se podem comprar

Somos todos ouvidos, e estes são os melhores auriculares que se podem comprar

Chamam-lhes auriculares, mas também têm microfone. Nas lojas não falta oferta de aparelhos que tanto surpreendem fãs de videojogos como deixam satisfeitos melómanos incorrigíveis ou trabalhadores em trânsito

Dos Cramps a Mozart vai uma distância menor do que aquela que separa dois auriculares em cada orelha. Mozart cai sempre bem, mesmo num consultório enquanto se arranca um dente; os Cramps nunca se preocuparam em cair bem, mas Lux Interior entra para a história por dar voz a um dos mais famosos lobisomens saídos das catacumbas da psique humana e por ter deixado, em 1998, o Campo Pequeno boquiaberto por um palco esburacado à martelada com a base do microfone. Ali Farka Touré em representação de outras latitudes; um Chet Baker que só é perfeito a tirar preconceitos sobre vozes perfeitas; e 50 Cents a dar voz a todos os subúrbios do mundo — e assim se fecha a banda sonora desta missão de reconhecimento de auscultadores e auriculares, que os portugueses apelidam “fones”, tal como os donos de nomes como Demóstenes e Hermógenes tendem a revelar curiosa inclinação por alcunhas e diminutivos. Afinal, é tudo uma questão de ouvido — ou de fones.

“Há quem goste mais de agudos e há quem goste mais dos graves, mas por defeito profissional prefiro equipamentos que não alteram o timbre da música (tal como foi gravada). Há marcas que fazem um reforço dos graves que podem fazer muito sentido para o Hip Hop, mas é um pouco idiota se isso for aplicado à música clássica porque provoca alterações no que se ouve face àquilo que foi gravado”, explica Fernando Rascão, responsável pelo Área de Áudio da Valentim de Carvalho.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: senecahugo@gmail.com

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