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As mil e uma sensações da viagem de comboio, pela linha e pelas histórias do design

As mil e uma sensações da viagem de comboio, pela linha e pelas histórias do design

Portugal não é um país de comboios, aqueles que partem sem esperar por nós

As mil e uma sensações da viagem de comboio, pela linha e pelas histórias do design

Guta Moura Guedes

Especialista em design

Não consigo bem explicar porquê mas apanhar um comboio sempre me trouxe sensações particulares. A primeira é um sentimento de viagem quase sem regresso, de partida definitiva. Há no comboio um ir embora, um se calhar não volto, um vou partir, que não encontro em nenhum outro meio de transporte. Outra é um enervamento físico, porque os comboios não esperam e iniciam a sua marcha em silêncio, deixam-nos no cais, por mais que lhes acenemos. Nos aviões ainda há alguém que olha para o nosso bilhete e nos deixa entrar, nos comboios ninguém está lá, parece, e a máquina começa, impassível, a sua viagem, devagarinho mas inexorável. É influenciada pelos livros e pelos filmes, esta impressão, que não consigo evitar, mas também, imagino, pelo facto de ser o transporte que menos uso.

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