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Hussain Aga Khan: “Não tenho uma fé infinita nas pessoas”

Hussain Aga Khan: “Não tenho uma fé infinita nas pessoas”
NUNO FOX

O príncipe mergulha desde os 14 anos para fotografar a vida selvagem e os ecossistemas agora ameaçados pelas alterações climáticas

Hussain Aga Khan: “Não tenho uma fé infinita nas pessoas”

Cristina Peres

entrevista

Inspirado pelos documentários de Sir David Attenborough, o príncipe Hussain Aga Khan, um dos quatro filhos de Aga Khan IV, tem dedicado a vida à fotografia de conservação. Viaja por todo o mundo para captar as imagens que mostra em grande formato em exposições como a que está patente na Fundação Aga Khan, em Lisboa. Ao percorrer as imagens, o príncipe fala dos animais com a familiaridade de quem foi convidado para a “sua casa” e ficou para o chá. Autor de vários livros das suas expedições, Hussain é modesto, tímido, repete que não é nem cientista nem lhe cabe fazer palestras sobre o que “tantos outros fazem melhor do que eu”. Reconhece que tudo o que faz depende de “uma grande sorte” e prefere usar a emoção e o fascínio que tem pelo mundo natural para registá-lo para o futuro.

Como define o que faz?

O que faço é fascinante e emocional, adoro estas coisas desde que era mesmo muito novo, desde os 5 anos que lido com peixes, mergulho desde os 14 anos, para mim todo este mundo é vivo, interessante, vivaz e fantástico. Manter, salvar, tudo me interessa. Não pretendo ser uma pessoa que não sou, não finjo ser pescador, não mostro tubarões ensanguentados ou mantas a serem mortas... eu mostro a beleza, que é fantástica e que, para mim, é o foco do que temos de preservar e salvar. Por enquanto mostro às pessoas o que tem de ser salvo e que nós estamos a perder a uma velocidade muito acelerada.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: CPeres@expresso.impresa.pt

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