1999
Entre ciências e artes
Filha de um engenheiro civil e de uma designer, nasce e cresce em Lisboa. “O meu pai sempre me incitou a gostar de matemática, a minha mãe estimulava o meu lado criativo, que na ciência é também importante”, conta.
2007
A música
Começa a estudar música aos oito anos. Cerca de dois anos depois, inicia os estudos na Academia de Amadores de Música. “Foi muito importante para mim ter estudado música, sempre gostei muito, é uma grande parte da minha vida”, realça.
2014
Teoria da relatividade
Entra em 2014 no ensino secundário, na Escola Rainha D. Leonor. Gosta de Física, Biologia e Geologia. Sem saber qual a área de estudo que quer seguir, no final do 12º ano interessa-se especialmente pela teoria da relatividade, de Albert Einstein. “Esse conceito de o tempo poder não ser o mesmo em todos os pontos do universo levou-me a procurar e a investigar mais”, recorda.
2017
Engenharia Física
Estuda Engenharia Física e Tecnológica, no Técnico. Tem professores que a marcam, “um ambiente em que os colegas discutem e trocam ideias” e, no 2º ano, ganha uma bolsa da Gulbenkian em Matemática que lhe permite ter a primeira experiência de investigação, na área da relatividade.
2020
A pandemia
Candidata-se a mestrados em Cambridge e no Canadá. Entra nos dois, mas como passam a ser remotos, devido à pandemia, rejeita. Decide iniciar o mestrado em Matemática, no Técnico.
2021
Estados Unidos
Influenciada por um professor, candidata-se a doutoramentos nos EUA. Entra em vários, escolhendo a Princeton University, e deixando o mestrado a meio. Já no doutoramento participa em sessões em que discutem com o renomado professor de Física Nima Arkani-Hamed alguns dos vídeos que ele tem no YouTube. Arkani-Hamed torna-se o seu orientador.
2022
Coincidências
Durante a investigação, descobre que colisões que envolvem três tipos diferentes de partículas subatómicas produzem os mesmos resultados — coincidências detetadas por uma nova forma de pensar a física de partículas que não recorre ao tempo e ao espaço (na qual o seu orientador se tem focado), que são dificilmente identificadas pelas formulações teóricas canónicas.
2024
Os resultados
Após receber uma bolsa de doutoramento da FCT em 2023, que lhe permite estar apenas dedicada à investigação (e não a lecionar), Carolina e a equipa de Arkani-Hamed publicam os resultados em 2024. A portuguesa é agora destacada num artigo da “Quanta Magazine”.
