Ao terceiro episódio, quando se esperava que a história de Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) avançasse rumo ao Oeste desde Boston pelos perigosos caminhos de uma América pós-apocalíptica, eis que os criadores da série decidem suspender a narrativa para nos presentear com um dos pedaços de televisão mais bonitos dos últimos tempos. A procissão ainda vai no adro, mas aceitam-se já apostas: daqui por 11 meses, quando for tempo de elencar o melhor que passou pelo pequeno ecrã em 2023, talvez “The Last of Us” possa não caber no topo da lista — ainda falta estrear muita série —, mas este episódio terá de merecer uma categoria própria.
Recapitulemos, porque a série foi estreada já a 15 de janeiro. “The Last of Us” é a adaptação televisiva de um jogo que saiu para a PlayStation 3 em 2013 e cuja versão retrabalhada para a PlayStation 5 foi lançada em setembro de 2022. É sobre um homem de 50 anos (Joel) que tem de atravessar os Estados Unidos com uma adolescente (Ellie) sem serem infetados ou devorados por um zombie-que-não-o-é-bem, nem assaltados, violentados ou assassinados por aqueles que sobreviveram. Ao contrário do que é habitual no género de apocalipses zombie, em que o responsável é um vírus ou, em alternativa, um total mistério, aqui o causador do fim do mundo é um fungo real — o cordycep — mas que existe num contexto ficcional. No mundo animal, este fungo consegue transformar pequenos insetos em zombies de verdade. No mundo real, os seres humanos estão imunes a ele. Já no de “The Last of Us”, as alterações climáticas conduziram a uma mutação do fungo e causaram uma pandemia. Sem vacina nem cura, só restou aos governos bombardear as cidades para tentar minimizar a infeção.
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