
A série “The Crown” volta esta quarta-feira à Netflix — e o Expresso já viu a quinta temporada completa. Por abordar tempos recentes e estrear em cima da morte de Isabel II, a penúltima temporada da produção milionária é a mais polémica
A série “The Crown” volta esta quarta-feira à Netflix — e o Expresso já viu a quinta temporada completa. Por abordar tempos recentes e estrear em cima da morte de Isabel II, a penúltima temporada da produção milionária é a mais polémica
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Era difícil haver maior contraste entre a recente hagiografia de Isabel II e a opinião que dela têm os súbditos no arranque da nova temporada de “The Crown”. Está-se em 1991 e os britânicos acham a rainha “velha”, “irrelevante” e “afastada da realidade”, desejando que passe a pasta ao filho. Só passou 31 anos depois, quando a soberana morreu, num pico de popularidade após sete décadas de reinado. Mas era assim no fim de século, com os filhos a protagonizarem divórcios ruidosos, o castelo de Windsor a arder e o iate “Britannia” a deixar os mares. São tempos que muitos espectadores da série viveram e comentaram, cuja iconografia recordam.
Vários dos protagonistas continuam a sê-lo, mormente o rei Carlos III. A penúltima temporada da milionária produção recria os anos finais do seu casamento com Diana Spencer, chamadas íntimas com terceiros tornadas públicas, entrevistas em que lavaram roupa suja; no caso dela, concedida após ter sido ludibriada com esquemas manhosos. Por esse motivo o filho William (aqui retratado em criança) terá detestado a ideia de tais memórias serem reavivadas no ecrã. Foi o nadir do prestígio da monarquia: lembra-se dos dedos dos pés de Sarah Ferguson chupados por um amante?
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