Os Sex Pistols eles eram caos em forma de gente e Danny Boyle sabe bem disso. "Pistol", a série, vê-se no streaming

“Pistol” retrata uma das bandas mais controversas de sempre. A história dos lendários Sex Pistols conta-se na Disney+
“Pistol” retrata uma das bandas mais controversas de sempre. A história dos lendários Sex Pistols conta-se na Disney+
Catarina Brites Soares
Reino Unido, segunda metade dos anos 70. Uma geração revoltada, elevada taxa de desemprego — a maior desde a II Guerra Mundial — e um Governo conservador contestado por uma juventude sem esperança dadas as dificuldades económicas. É neste contexto que aparecem os Sex Pistols, banda pioneira do movimento punk em solo inglês e uma das grandes dores de cabeça do establishment. ‘No Future’ — mais tarde ‘God Save the Queen’ — foi um hino. A banda que lhe deu voz é agora retratada em “Pistol”. Inspirada no livro “Lonely Boy: Tales from a Sex Pistol” (2016) do guitarrista Steve Jones, Danny Boyle afirma que a série de seis episódios é “a história que nem toda gente quer que se saiba, mas que tem de ser contada”.
Anson Boon, Louis Partridge e Jacob Slater, parte do elenco, concordam com o realizador, que assina outras produções como os filmes “Trainspotting” e “Slumdog Millionaire”. “A questão da liberdade de expressão é um ponto-chave. Tem de se recordar estes tempos. A rebeldia é intrínseca ao ser humano e é importante ter referências que nos lembrem de como é determinante que exista esse espaço de liberdade em que possamos expressá-la. Questionar o statu quo é saudável. Quem é que cumpre todas as regras sempre?”, lança Anson Boon, que interpreta o vocalista Johnny Rotten. “É determinante que se contem histórias de quem desafiou essa ordem”, defende.
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