Foi só em 1965, na sequência do Concílio Vaticano II, que a missa católica passou a ser rezada no vernáculo, em vez do latim. (Salazar não gostou da mudança.) Um século antes, o luterano (não praticante) Johannes Brahms (1833-97) surpreendera com “Um Requiem [em] Alemão” (1869), homenagem tardia a Robert Schumann (1810-56), que ambicionaria ter escrito uma missa com o mesmo título. Não diria que é um requiem profano — os textos vêm da bíblia luterana —, mas o tom geral é mais um consolo de quem está vivo e o ouve do que a redenção de quem morreu. O início é claro: “Bem-aventurados os que choram, porque serão confortados.”
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