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Música: Jonathan Tetelman, o tenor pucciniano

Jonathan Tetelman: de DJ e rocker a tenor, uma das sensações da ópera de hoje
Jonathan Tetelman: de DJ e rocker a tenor, uma das sensações da ópera de hoje
Ben Wolf

Gravado em Praga com a Filarmonia local, PKF, sob a direção inspirada de Carlo Rizzi, “The Great Puccini” é uma travessia praticamente completa das árias puccinianas

As efemérides ainda contam. O centenário da morte de Giacomo Puccini (1858-1924) foi brilhantemente anunciado pelo segundo disco de Jonathan Tetelman (que deslumbrou Lisboa no Concerto de Ano Novo da Gulbenkian em janeiro passado). O tenor voltou a estar recentemente na berra com a sua estreia no Met de Nova Iorque em duas óperas de Puccini, “La rondine” (1917) e “Madama Butterfly” (1907), ambas transmitidas em direto na Gulbenkian. De ressaltar, o facto de os dois papéis representarem polos opostos de personalidade: enquanto o Ruggero da “Rondine” é um moço ingénuo e tímido, B. F. Pinkerton é um fanfarrão despreocupado, mas convencido. Como bom ator que é, Tetelman diferenciou inteligentemente as duas personagens, sem abdicar de exibir os seus invulgares dotes canoros, incluindo o esplendoroso registo agudo. A sensação é a de que ele dá 120 por cento do seu melhor. Os saudosos Corelli e Pavarotti faziam o mesmo. Como dizem os americanos, “if you’ve got it, flaunt it” (“Se o tens, mostra-o”).

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