
Em “Os Filhos do Pó”, a vietnamita Nguyên Phan Quê Mai conta a história ‘não oficial’ do seu país, recolhendo testemunhos de amerasiáticos que trazem na pele e nas feições o mapa dividido do Vietname
Em “Os Filhos do Pó”, a vietnamita Nguyên Phan Quê Mai conta a história ‘não oficial’ do seu país, recolhendo testemunhos de amerasiáticos que trazem na pele e nas feições o mapa dividido do Vietname
Segundo livro da autora vietnamita publicado por cá, depois do sucesso de “Quando as Montanhas Cantam”. Uma leitura fluida, compulsiva, numa prosa lírica mas sem gorduras, que se revela mais ambicioso e sinfónico que o anterior romance. A voz narrativa, na terceira pessoa, acompanha numa focalização externa três personagens distintas e tempos diferentes, em Saigão (atual Ho Chi Minh) entre 1969 e 2016. Os vários planos narrativos encaixam-se, por fim, mas não do modo expectável. A narrativa resulta numa tessitura formada por várias micro-histórias encaixadas: as memórias da nação vietnamita, recolhidas oralmente pela autora, como forma de escrever contra uma História silenciada pelo poder.
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