Há muitos anos, noutro século, até noutro milénio, os franceses usavam um termo cruel — baudrier. Era o modo de designar o género de prosa de Baudrillard, cuja especificidade era o segredo do sucesso público do seu autor. A justiça dessa formulação é aqui irrelevante. Ela ocorre porque se poderia dizer algo semelhante de tantos outros. George Steiner (1929-2020), neste caso. Autor maior desse género indefinido que é o ensaísmo, leitor num sentido que hoje (há já muito) é raro encontrar, Steiner deixou uma extensa obra, amplamente traduzida em português, destacando-se (por exemplo) “Antígonas”, “Depois de Babel”, “No Castelo do Barba Azul”.
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