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O livro que Leonardo Padura sempre desejou escrever: como amar Havana mesmo quando já não a reconhece?

Havana é o centro deste livro em que Padura (ali nascido em 1955, no bairro de Mantilla) regressa ao jornalismo que exerceu até 1995, altura em que se tornou o primeiro escritor independente de Cuba
Havana é o centro deste livro em que Padura (ali nascido em 1955, no bairro de Mantilla) regressa ao jornalismo que exerceu até 1995, altura em que se tornou o primeiro escritor independente de Cuba
Nikada/Getty images

“Ir a Havana”, de Leonardo Padura, é uma poderosa reportagem sobre a história da capital cubana e do próprio escritor que a viu transformar-se

O autor di-lo logo no prefácio: este é o livro que sempre desejou escrever. Preparou-se ao longo de décadas, observando as mínimas alterações, profundas ou à superfície, na cidade que lhe serve de personagem. Uma história da Havana só podia ser feita por um dos seus habitantes mais persistentes, apaixonados e críticos; sobretudo, por alguém capaz de amar à revelia das suas contradições, alguém passível de lhe compreender as mudanças de ânimo e de feitio, e de a defender dos juízos de quem a desconhece. Por tudo isto, Leonardo Padura teve de empreender uma torção, um regresso àquilo que já era. Se deixou o jornalismo em 1995 para se tornar o primeiro escritor independente cubano, figura legal que inaugurou no seu país, o olhar do jornalista continuou ativo na vintena de livros que escreveu, entre os quais muitos romances – o último é “Pessoas Decentes”, de 2023, em que o ‘seu’ detetive Mario Conde, o da tetralogia “Quarteto de Havana”, investiga duas mortes enquanto a cidade acolhe os Rolling Stones e Barak Obama.

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