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Livros: “Os Naufragistas”, um notável romance de aventuras do século XIX

O navio “Flying Scud”, evocado por Stevenson, tal como foi pintado pelo britânico Philip John Ouless em 1862
O navio “Flying Scud”, evocado por Stevenson, tal como foi pintado pelo britânico Philip John Ouless em 1862
Getty Images

Robert Louis Stevenson juntou-se ao seu enteado, Lloyd Osbourne, na escrita de “Os Naufragistas”, romance de aventuras que é, na verdade, a descrição de um tempo e uma demonstração de mestria literária

A fortuna crítica do romance de aventuras perdeu-se no dealbar do século XX, relegando-se a sua estrutura, os seus mecanismos e parte dos temas para aquele espaço indefinido a que chamamos entretenimento e deixando-lhe algumas sobras de respeitabilidade em géneros como o policial ou o thriller, considerados menores por uma crítica mais dada às canonizações eternas. O escocês Robert Louis Stevenson foi um dos expoentes desse género aventureiro e, apesar das reviravoltas críticas, “A Ilha do Tesouro” e “O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde” continuam aí, conhecendo novas edições e dialogando com muitos textos que fazem a sua aparição com a promessa de novidade. É como diz o escritor espanhol Javier Cercas no prefácio deste livro, o mais recente da coleção “A Vida Privada dos Livros” (coordenada por Alberto Manguel): “Robert Louis Stevenson é um daqueles escritores supostamente menores que continuam vivinhos da silva quando muitos outros escritores, supostamente maiores, já estão mortos.”

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