
Em “Humanos Exemplares”, Juliana Leite examina a velhice como um território em que a crueza invade tudo — até a memória
Em “Humanos Exemplares”, Juliana Leite examina a velhice como um território em que a crueza invade tudo — até a memória
A poucas linhas do início, já este romance se firmou num território onde a crueza da linguagem e a franqueza na exposição da vida emocional das personagens são marcas que nunca se dissipam. Natalia é “a Velha”, termo que aqui se utiliza sem qualquer sentido pejorativo, assumindo que talvez devêssemos perder o pudor de usar as palavras. O livro dedica-se também a esse exercício, o de encontrar as palavras certas, fugindo de moralismos que acabam por deturpar sentidos.
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