
O poeta quase centenário publica “Sobre a Voz”, coletânea em que a morte de quem amamos surge como tema evidente
O poeta quase centenário publica “Sobre a Voz”, coletânea em que a morte de quem amamos surge como tema evidente
“Todas as guerras duram mais de cem anos”, escreve Fernando Guimarães numa atípica alusão a um acontecimento político (a invasão da Ucrânia, supõe-se). O poema lembra que as guerras não terminam com rendições ou armistícios, mas que os seus efeitos se perpetuam na paisagem e na memória durante muito mais tempo. Recuperando uma intervenção de 1995, o poeta pergunta e responde: “Dir-se-á então que a história está ausente da poesia? A circunstância que faz com a poesia se possa afastar de uma subjectividade que se torne demasiado próxima de nós mesmos vai conduzi-la a uma realidade concreta que se relaciona precisamente com o tempo da história a partir de uma referência ou contexto cultural onde as raízes da nossa imaginação acabam por se desenvolver.
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