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Livros: Em “A Vingança É Minha”, Maria NDiaye põe-nos a duvidar de tudo

Com este romance, publicado em 2021, a francesa Marie NDiaye foi finalista do National Book Critics Circle Award (EUA)
Com este romance, publicado em 2021, a francesa Marie NDiaye foi finalista do National Book Critics Circle Award (EUA)
Ulf Andersen/Getty Images

Finalista do National Book Critics Circle Award (EUA), a francesa Maria NDiaye consegue em “A Vingança É Minha” muito mais do que um ‘thriller’ psicológico

Marlyne Principaux, esposa exemplar subitamente transformada em Medeia, assassina os seus três filhos pequenos, afogando-os na banheira. As previsíveis ondas de choque do crime agitam a opinião pública de Bordéus e acabam por bater à porta de Susane, uma advogada ainda inexperiente, com escritório próprio aberto, há pouco tempo, na pacata cidade do sul de França. Gilles Principaux, marido da homicida e pai das vítimas, pede-lhe que represente a ré em tribunal, durante o mediático caso. Mais do que destroçado pela perda dos filhos, ele parece focado na missão de absolver a sua mulher, que diz ainda amar, ou até mais ainda, agora que estão para sempre ligados pela tragédia. De casal anódino, sem nada verdadeiramente em comum, passam a outra coisa, mais forte, mais negra e mais incompreensível para as pessoas ditas normais. “Amo-a melhor do que antes, sim”, diz Gilles. “Ela era uma pessoa banal. Tornou-se uma heroína tenebrosa.”

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