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Livros: Tudo o que ‘crashou’ depois da crise financeira de 2008

Imagem de setembro de 2010, captada em Londres, com dois funcionários da leiloeira Christie’s a carregarem o logótipo da Lehman Brothers, cuja venda estava estimada em 3600 euros
Imagem de setembro de 2010, captada em Londres, com dois funcionários da leiloeira Christie’s a carregarem o logótipo da Lehman Brothers, cuja venda estava estimada em 3600 euros
Oli Scarff/Getty Images

“Crashed”, de Adam Tooze, analisa o impacto da crise financeira de 2008 na década que se lhe seguiu, demonstrando o modo errado como se lidou com ela

Luís M. Faria

Jornalista

Tem algo de providencial que este livro, originalmente publicado em 2018, saia em Portugal logo após a autobiografia de Angela Merkel. Em “Liberdade” (Objectiva), a antiga chanceler descreve a crise do euro e explica os constrangimentos políticos, económicos e morais que terão limitado a sua ação, obrigando países como a Grécia e Portugal a adotarem programas de austeridade que não só provocaram imenso sofrimento individual e coletivo, como iam arruinando essas economias. A teoria então era que tais medidas libertariam a economia para crescer, mas já então se suspeitava que era mentira, e a história subsequente confirmou a suspeita. No caso português, o que acabou por nos valer anos depois foi o turismo — em parte desviado do Norte de África devido ao terrorismo —, bem como a chegada ao poder em 2015 de um governo que, mantendo critérios de rigor fiscal, não estava obcecado com a ideia tacanha de “ir para além da troika” no momento em que a economia precisava exatamente do oposto.

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